Conversei começo desta semana com o amigo e conterrâneo Thiago Araripe, cratense de tronco famíliar tradicionalíssimo em nossa cidade e que hoje reside em Portugal. Lembrei-lhe um momento da vida de sua mama dona Eneida Figueiredo que foi de suma importância para o soerguimento da cultura do Crato, justamente quando esta estava -passando por momentos difíceis como este que vivemos na atualidade em nossa cidade. Não era só a cultura que se encontrava no começo da década de oitenta aos frangalhos, mas a educação também.
Dai que minha tia Socorro Norões Rebouças e minha mama Rinaura Coelho Cavalcante ao serem convidadas para assumirem a educação e a cultura pelo recém eleito prefeito do Crato, agropecuarista Francisco Walter Peixoto, aceitaram a missão, porém, que as deixassem livres, leves e soltas para solucionar a problemática. Imposição prontamente atendida pelo meu tio Waltinho.
Tia Socorro implantou então um gabinete de salvação das duas importantes pastas e indicou minha mama Rinaura para soerguer o Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcante e dona Eneida Figueiredo para fazer o mesmo com a cultura. Esta elegante senhora, neta do intelectual J. de Figueiredo Filho que nomeia um dos nossos museus, condicionou que aceitaria tal missão, contanto que fosse por um período de um ano e depois se desvincularia para ir residir em Fortaleza com o seu marido Jósio de Alencar Araripe. Este tempo foi o que dona Eneida estimou para pôr as coisas no lugar. E assim o procedeu, conseguiu deixar os nossos equipamentos e a nossa cultura num estado modelo. Despediu-se depoisa da missão cumprida, entregou o posto ao professor universitário Francisco Cunha e foi morar em nossa Capital com a certeza do dever cumprido. Dona Eneida Figueiredo foi em vida uma grandiosa mulher e até hoje faz falta em nossa cidade. Honra ao mérito!!!!!
UM MINUTO POR FAVOR: Não estou entendendo a posição da direção do Instituto Cultural do Cariri em rechaçar a colaboração do deputado estadual Aloísio Brasil em se prontificar em ajudar o Crato a reestruturar os seus equipamentos culturais. Não importa o momento em que estamos vivendo, se eleitoral ou não, o que importa é que a pessoa está tendo a sensibilidade e a boa vontade de se associar a esta hercúlea tarefa. Se está agindo assim que seja bem vindo e vamos todos colocar as mãos na massa. Afinal, “Quem sabe faz a hora não espera acontecer…” (Escrita por Don e Ravel e interpretada pelos Incríveis, foi o hino da Copa do Mundo dos anos 70, embalada pela ditadura que fez dela sua marca naquele momento) Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!!!