Geeeeeente!!!!! Temos assistido nos últimos tempos, decisões tomadas em nossa cidade que não deixam de nos preocupar e muito. A da Expocrato 2024 foi a última que surgiu e que nos preocupa bastante, pois quando defendíamos aqui neste espaço uma festa mais inclusiva não passava pela nossa cabeça algo tão radical como abrir as porteiras para o público em geral.
Sempre defendemos que a Expocrato se tornasse “free” para os alunos das Redes Municipal e Estadual de Ensino do Crato, mas só para aqueles que frequentassem as aulas rigorosamente, que adotassem comportamento de regular a exemplar e primazia para os mais estudiosos. As próprias escolas fariam essa seleção, dando oportunidade para que o aluno “problema” buscasse melhorar as suas regras de boa conduta para fazer jus a tal ofertório.
Agora, fazer como estão anunciando, escancarando as portarias para todo tipo de gente, acredito que esta medida significa sinalizar para a derrocada geral de nossa querida Epocrato. Observem que já é dificílimo manter a segurança na área de Exposições de Animais e Produtos Derivados, na parte de alimentação e outros, imagina ter que se cuidar também da área de shows. Não temos efetivos policiais sejam estadual, municipal e privado capazes de segurar essa onda e muita gente já está afirmando que por lá não comparecerá este ano.
Ouvimos falar que pessoas de todos os municípios caririenses e alhures já estão se organizando para aqui aportar e botar pra quebrar. Neste pacote, inclua-se gente de todas as tribos como descuidistas, ladrões de celulares, malandros, drogados, mulas, traficantes maus elementos e o escambau.
Entrei em contato com figuras que realizam as festas juninas de Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, para sabermos se este mesmo modelo adotado por eles está dando cesto. Responderam-me que de jeito nenhum, pois o que na realidade tentam passar para a população é que está tudo azul no céu de Calcutá, porém, as autoridades dessas localidades o que fazem é maquiar a cara da violência para não escancará-la para o público fazendo uso da fantasia, do irrealismo, porque se mostrarem a realidade nua e crua prejuízos irreparáveis advirão para estes grandes certames.
Quer dizer, antes de se tomar uma decisão destas se faz necessário uma grande conversação, afinal, estamos tratando com o único evento que mantém socialmente o Crato vivo para o Nordeste e quiçá para todo o Brasil. Caso a nossa Expocrato vá para o beleléu, ai é que a nossa cidade embocará mais ainda no ostracismo, na insignificância social. Bom seria que as nossas autoridades, principalmente a classe política dominante, caíssem na realidade e sacassem que estão lidando com algo que faz parte da nossa história e que trás dividendos econômicos e sociais não só para o Crato, mas para toda a Região do Cariri. Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia.
UM MINUTO POR FAVOR: O leitor Flávio Luiz dos Santos Pereira, de Juazeiro do Norte, enviou-nos uma sugestão que já havíamos também pensado e repensado. Trata-se de tudo continuar como está, ou seja, cobrando-se ingressos na a área de shows e utilizar o Picadeiro da Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados do Crato como “palco da folia free.” Na década de oitenta o então prefeito Walter Peixoto adotou aquele local para esta serventia e até hoje todos sentem saudades deste tempo de outrora. Fica a sugestão.