Pedro do Coutto
O IBGE divulgou na terça-feira notícia comparando a inflação registrada em março com a que se verificou em fevereiro. Em março, a inflação foi de 0,71%, em fevereiro ficou em 0,84%. A pequena diferença, portanto, foi de 0,13%, mas funcionou para a valorização de papéis na Bolsa de Valores e como argumento para reduzir as perspectivas inflacionárias estabelecidas para este ano.
A meu ver, um pretexto, pois o levantamento inflacionário não inclui a especulação do mercado. Mas isso é do jogo. O que não podemos é deixar nos iludir é com aparências estatísticas.
A inflação baixou, mas os preços dos alimentos continuaram subindo e tal fato atinge diretamente a população de menor renda. O tema é bem desenvolvido nas reportagens de Carolina Nalin e Jennifer Gularte no O Globo, por Daniela Amorim e Ítalo Bertão no Estado de S. Paulo, e por Renato Carvalho e Leonardo Vieceli na Folha de S. Paulo.
PIB – Thiago Amancio, reportagem publicada na Folha de S. Paulo de ontem, focaliza o resultadoapresentado no relatório “World Economic Outlook” (panorama econômico mundial), divulgado nesta terça pelo Fundo Monitário Internacional. O estudo do órgão projeta que o planeta deve ver um crescimento econômico de 2,8% neste ano e 3% no ano que vem. Para o Brasil, as projeções são mais modestas, de 0,9% neste ano e 1,5% no próximo, abaixo da média de países emergentes.
A questão do avanço do PIB deve ser sempre comparada com o aumento populacional. Confirmada a pespectiva do FMI temos pela frente uma estagnação nos próximos 12 meses em que a população cresce na mesma velocidade de proximo de 1% ao ano.