Não restam dúvidas a todos os entendidos de política no Cariri que ao aceitar o desafio de bancar a candidatura de Fernando Santana(PT) a prefeito do Juazeiro do Norte o senador/ministro Camilo Santana cometeu dois erros e um desafio. O erro foi ter clarividência política de que não gozava de liderança forte o suficiente na cidade romeira para capitanear uma postulação de tamanha envergadura. O segundo erro foi fazer uma aliança totalmente política, quando os humores da população em todo o País estão voltados contra a classe política, já não suporta o nhémnhémnhém de Lulistas e bolsonaristas, querem ver avançar no País algo diferente, que se desvincule da malandragem que permeia os políticos de carteirinha.
Glêdson Bezerra ao refutar alianças para ganhar a reeleição o fez sintonizado nesse estado de humor da população, acredito até que a premonição ajudou em muito ao prefeito a agir dessa maneira. Glêdson por onde anda em Juazeiro do Norte está arrastando multidões de jovens, adultos e idosos, mulheres, homens e homossexuais, todos esperançosos de que um segundo mandato seu será muito superior a este atual.
Já o desafio foi o de colocar a sua liderança em jogo. Desde o tempo que Adauto Bezerra foi indicado indiretamente para governador do Estado do Ceará que o Cariri não participava ativamente das sucessões estaduais. Adauto até tentou retornar pelo voto direto, mas foi atropelado pelo então jovem empresário Tasso Jereissati. De lá para cá o Cariri ficava pianinho em relação à sucessão estadual. Por conta disso o grupo do tasso e depois o de Cid Gomes elegia Salviano Sobrinho, José Arnon Bezerra e Rommel Feijó de Sá para a Câmara Federal e alguns gatos pingados para a Assembleia Legislativa. Para os maiorais da política cearense daquela época, esse era o tamanho exato da participação política da Região do Cariri no contexto.
CAMILO SANTANA]